Do drama da literatura para a vida moderna
uma leitura psicológica da obra Parsifal
Palabras clave:
Antroposofia, crise, Literatura, PsicologiaResumen
No presente trabalho, apresentamos uma leitura psicológica da obra Parsifal, de Wolfram von Eschenbach, com o intuito de perceber e elucidar os encontros da personagem principal, a saber, Parsifal, como uma possibilidade de encontro da alma humana com seus próprios desafios prescritos no seu destino. Para alcançar tal empreitada, partimos da abordagem antroposófica no que diz respeito aos conceitos sobre os contos de fadas, para então abordarmos os encontros de Parsifal com Sigune, Cundrie, Trevizent e Anfortas. Partindo da pesquisa bibliográfica e da análise qualitativa interpretativa, iniciamos nosso trabalho observando e discutindo pesquisas e estudos voltados à obra de Wolfram, trazendo pontos de análise por meio de diversas perspectivas. A seguir, apresentamos a perspectiva antroposófica, de Rudolf Steiner, como uma possibilidade de interpretação e reflexão da história, visto que é um tema presente na referida abordagem. Por meio das discussões e reflexões, chegamos à definição da crise existencial como ponto fundamental no drama de Parsifal e a figura de Cundrie sendo a condutora de tal crise. E, com isso, evidenciamos como essa profunda obra pode ser encontrada no drama da vida do ser humano moderno, revelando que Cundrie nos é necessária, sobretudo para o desenvolvimento da liberdade e ampliação da consciência. Concluímos que tentamos trazer uma nova possibilidade de interpretação, ampliando as ricas contribuições científicas com fins de análises desta magnífica obra.
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Citas
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