Elementos coreográficos de euritmia e suas relações com a dança moderna

Resumo

A presente pesquisa visa evidenciar o corpo mediante o processo de criação artística de euritmia e suas relações com a dança moderna, considerando elementos coreográficos e cênicos na composição de palco. A periodicidade histórica em que as duas artes se encontram, fim do século XIX e início do século XX, direciona-nos para o então corpo emergente e como este era visto e, consequentemente, posto em cena. O objetivo deste estudo é, partindo das concepções acerca dos movimentos gestuais que tínhamos em vigor na época, sendo estas adotadas pelo ballet clássico, refletirmos sobre as novas formas de se analisar e se considerar o corpo que se expande e se nos apresenta com o emergir da expressão em voga, a dança moderna, e as contribuições sistemáticas que a arte da euritmia aduz, tendo como enfoque a investigação empírica durante a criação artística do espetáculo Tempos Indivisos, no Projeto de Extensão da Faculdade Rudolf Steiner Coletivo IANDÉ; ao qual integro e venho, enquanto euritmista-participante, experienciando. Ressaltando ser meu primeiro contato com a prática da Euritmia, que como experimental têm, não apenas, me despertado reflexões acerca de meu próprio corpo musical e outros elementos constitutivos de meu organismo e do organismo regente de nossas ações (o mundo), como também quanto ao meu próprio processo cognitivo que engendrado ao movimento, revela-me concepções de um ambiente outro, suprassensível. Dada esta materialidade que vislumbramos, a Euritmia enquanto uma arte é, por mim, interpretada e vivenciada a partir desta individualidade-social que se desdobra entre arcabouços imaginativos e gestos criadores que se transformam em consonância à nossa temporalidade.