O desenvolvimento da linguagem no 1º setênio, em contexto de pandemia, e a autoeducação do professor como fator qualitativo das interações à distância
Palavras-chave:
Educação Infantil, Pandemia, Autoeducação, Linguagem, FenomenologiaResumo
Nesta pesquisa, buscaremos reconhecer como foram realizadas as práticas pedagógicas na Educação Infantil, no contexto de pandemia do Coronavírus, considerando as alterações implementadas a partir dos protocolos sanitários no âmbito escolar. Partiremos da pergunta central: quais recursos foram utilizados pelos educadores para o desenvolvimento da linguagem das crianças de 0 a 7 anos, no início da pandemia? Investigaremos como os educadores reinventaram sua prática pedagógica sob o prisma dos novos parâmetros sanitários impostos pela pandemia e como, apesar dela, estabeleceram vínculo com as crianças e as famílias. A autoeducação do professor é compreendida como chave para a criação de um ambiente de bem-estar e de comunicação fluida com crianças e famílias, proporcionando interações de qualidade. Nossa hipótese parte do princípio de que o professor, se fortalecendo animicamente, conseguiria a serenidade para refletir sobre sua prática e poderia se valer de diferentes recursos para trabalhar com as crianças. Através do uso de diferentes linguagens, o trabalho pedagógico em contexto de distanciamento e isolamento social faz-se imprescindível. Para apreendermos a essência desse processo de transformação da relação educador-educando e de como foi gerido o espaço-tempo, lançaremos mão do referencial teórico da fenomenologia de Goethe, utilizando as noções de polaridade, intensificação e metamorfose, para a compreensão do fenômeno estudado, a partir da análise de relatos de experiência e registros pedagógicos dos professores. A relevância deste trabalho consiste na documentação de práticas e recursos utilizados pelos professores para desenvolver as diferentes linguagens infantis em contexto de distanciamento social.