Cultura, natureza, Antropoceno e Parsifal

Autores

  • Saulo Quintana Gomes

Palavras-chave:

Cultura, Natureza, Educação ambiental, Parsifal

Resumo

As relações entre cultura e natureza são tanto complicadas quanto longamente debatidas pela tradição de pensamento ocidental. Elas podem ser e foram tratadas em termos de uma dialética, mas encontram novas especificidades e grande emergência no conceito contemporâneo de Antropoceno. Este texto se pergunta se é possível encontrar símbolos para a dialética cultura-natureza no mito de Parsifal, objetivando convidar o movimento Waldorf a pensar uma educação ambiental transformadora e adequada ao seu próprio contexto. Nesse sentido, os conceitos de cultura, natureza e Antropoceno são apresentados e discutidos. De Parsifal, as imagens de castelo e floresta são selecionadas como resposta ao seu problema apresentado: castelo é símbolo de cultura, floresta é de natureza; e o Castelo de Munsalvaeche é identificado como equilíbrio entre cultura e natureza, com destaque para a centralidade do ser humano nessa relação. Finalmente, uma crítica à cultura ocidental moderna é apresentada, tendo como seu foco o acúmulo de excedente de produção e ressaltando as suas funestas consequências socioambientais. Na educação identifica-se a chave para a necessária transformação cultural: "o que acontece dentro da escola se reflete na cultura exterior" afirma Steiner no GA311. Desse modo, cada escola se insere na cultura da superprodução e acúmulo, mas é espaço para sua superação e metamorfose.

Downloads

Publicado

2021-11-13

Como Citar

GOMES, Saulo Quintana. Cultura, natureza, Antropoceno e Parsifal. Caderno de Resumos do Congresso, São Paulo, Brasil, v. 1, p. 59–59, 2021. Disponível em: https://jatai.frs.edu.br/crc/article/view/213. Acesso em: 18 jun. 2025.